tag:blogger.com,1999:blog-7372682039974463132.post7386414038648380755..comments2022-11-16T05:17:15.962-08:00Comments on Blog da Branquinha: ESTOICISMOAna Garbinhttp://www.blogger.com/profile/15909857778870484924noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-7372682039974463132.post-48594490619723977432011-01-09T17:34:32.983-08:002011-01-09T17:34:32.983-08:00Aninha!!! Saudades, meu bem...
Acontece uma imens...Aninha!!! Saudades, meu bem...<br /><br />Acontece uma imensa incompreensão tanto histórica quanto filosófica do modo de vida chamado estóico. O termo grego que designa isso a que chamamos indiferença ante a vida, é a "ataraxia" que poderia mesmo ser traduzida por impassibilidade, o indivíduo que não se perturba, que não se afeta com o que ocorre em sua vida. Evidentemente, isso é um equivoco. À parte o fato de se pensar filosoficamente que a razão pode dar conta de tudo o que existe, sobretudo eliminar as paixões que nos assolam, o termo não se aplica como o compreendemos hoje entre os gregos, sobretudo entre os estóicos que, muito embora elogiassem a razão entre as possibilidades da alma mais elevadas a que podemos ansiar, jamais poderiam ter tido a presunção de eliminar absolutamente as paixões, os sentimentos e as emoções de suas vidas... o que se intencionava, era regular NA MEDIDA DO POSSÍVEL os afetos (tal como Freud obrou) para que estes não afetem o organismo a um ponto irreversível, (lembremos do conflito entre Eros e Thanatos, que Freud muito bem estudou)... Outra coisa, é preciso distinguir, e os estóicos sabiam disso muito bem, assim como Espinosa (grande leitor dos estóicos) entre as paixões tristes e as paixões alegres, isto é, aquelas que nos refreiam e aquelas que estimulam nossa potência para a vida... evidentemente, pelo simples que disse aqui, havemos de deduzir que os estóicos, no afã de regular os afetos pela razão (melhor dizendo, pelo Lógos, que incluía muito mais do que hoje compreendemos por razão), diferenciavam muito bem aquilo que nos compõe bem e aquilo que nos compõe mal. A impassibilidade relacionava-se, segundo penso, às más composições e tendências, seria preciso lutar contra elas, claro, como até hoje sabemos. No entanto, fruir os bons afetos, aqueles que compõem bem conosco, que nos aumentam a potência para a vida, não era somente recomendável, mas altamente necessário, segundo o próprio modo de ser da Natureza. O conceito que melhor exprime isso que tento dizer tão mal, é o conceito da noção comum, depois te mando algo sobre isso... Enfim, muito há o que dizer sobre isso, e muito há de discutível no que digo, também... mas os estudos mais recentes (e mais confiáveis) sobre os estóicos, desmentem e muito essa compreensão "romântica" que obtivemos desses pensadores que foram, sem dúvida, a maior e mais intensiva corrente de pensamento da época helenista. Valeria à pena nos aprofundarmos. E Freud, como grande espírito que foi, jamais poderia ser taxado de nada, ainda mais de "estóico" no sentido pejorativo... <br /><br />beijos.<br />saudades,<br />me escreve!!!<br />como está o novo travalho???<br />ev.Anonymousnoreply@blogger.com