Freud, em sua trajetória intelectual, afirmou em determinado momento que:
"...governar, educar e psicanalisar são tarefas impossíveis..."
Sobre a governança não escreverei, porque não tenho propriedade sobre conceitos sociológicos amplos, e por isso, prefiro não me manifestar.
Com relação às questões da educação e da psicanálise, concordo com Freud de forma parcial.
Bem ou mal, as pessoas estão passando por processos educacionais e de psicanálise.
Lembrei desta afirmação devido ter visto novamente o filme "Esse obscuro objeto do Desejo" de 1977, do espanhol, naturalizado mexicano, Luis Buñuel.
Quando pensamos em educação ou em processos psicanalíticos, a temática do desejo fica em relevo, porque tanto para se educar, como para se psicanalisar, o desejo precisa ser encarado de frente. Não me parece inteligente ignorar os processos inconscientes do desejo nestes dois segmentos da vida, sob sérios riscos de recalcar aspectos importantes, relacionados às satisfações relativas ao saber, que se desdobrarão em diversos pontos: profissionais, intelectuais, de posicionamento social, entre outros.
E, ao mesmo tempo, como entender este desejo, ou circunscrevê-lo em espaços e lugares rígidos como instituições de ensino ou consultórios, uma vez que Buñuel no referido filme, destaca com muita propriedade a qualidade fugidia do desejo...
Uma das possibilidades que me parece possível é relativa ao desenvolvimento sistemático de uma escuta ampla, sensível e qualificada nestes espaços, permitindo que desejos, potências e leituras de mundo se expressem, num processo contínuo de elaboração.
Entendo também, que é mais interessante que os processos em questão possam ter aspectos flutuantes, e, como numa rede da internet, abrir vários links que possibilitem o desejo passear com fluidez para pousar e para flutuar sempre que se fizer necessário ao ser desejante!
Este não é um blog da cachaça 51. É um singelo blog que serve como instrumento para que sua redatora amplie a busca por sentidos possíveis!
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
AMOR ROMÂNTICO
Fico intrigada com a força que possui a representação do amor romântico. Por mais tecnologia que se desenvolva, por mais descoladas que as pessoas pareçam ser, esta representação romântica do amor sempre retorna.
Escrevo pensando em uma sobrinha adolescente, que sempre comenta comigo sobre a saga denominada "CREPÚSCULO" que segue com força total, tendo como protagonistas uma garota "teen" e um garoto vampiro que são absolutamente apaixonados. Tão apaixonados que a garota deve, nós próximos capítulos, abrir mão de sua humanidade em nome do "amor" que sente pelo jovem vampiro em questão.
Assistimos ou ouvimos de um romance que terá sua musa transformada em vampira, após se entregar "de corpo e alma" ao vampiro, e algumas coisas me passam pela caxola:
- me parece que o amor romântico está bem representado, em se tratando de vampiros, porque neste tipo de amor, onde a simbiose predomina, o que um mais faz com o outro é sugar as energias que ambos possuem, o que é o marco de uma relação simbiótica, onde as individualidades ficam comprometidas.
- mas, será que os vampiros aguentariam uma relação desta natureza sendo que estarão aí pelo resto da eternidade? (se nós, meros mortais já não suportamos por muito tempo, imaginem eles?)
Brincadeiras a parte, porque vampiros são seres da fértil imaginação humana, me parece que, independente da vida que nos dá mostras suficientes da "roubada" que é uma relação calcada no amor romântico, este segue seu curso, sempre se renovando e retornando em formas e linguagens, carregando MUITA gente para as salas de cinema e leitura de livros diversos sobre o tema, deixando homens e mulheres perplexos e muitas vezes perdidos pelo caminho, como que "mortos vivos" procurando pelo "paraíso perdido" que pensam ter conhecido na relação romântica, como se esta, pudesse ser eterna.
Escrevo pensando em uma sobrinha adolescente, que sempre comenta comigo sobre a saga denominada "CREPÚSCULO" que segue com força total, tendo como protagonistas uma garota "teen" e um garoto vampiro que são absolutamente apaixonados. Tão apaixonados que a garota deve, nós próximos capítulos, abrir mão de sua humanidade em nome do "amor" que sente pelo jovem vampiro em questão.
Assistimos ou ouvimos de um romance que terá sua musa transformada em vampira, após se entregar "de corpo e alma" ao vampiro, e algumas coisas me passam pela caxola:
- me parece que o amor romântico está bem representado, em se tratando de vampiros, porque neste tipo de amor, onde a simbiose predomina, o que um mais faz com o outro é sugar as energias que ambos possuem, o que é o marco de uma relação simbiótica, onde as individualidades ficam comprometidas.
- mas, será que os vampiros aguentariam uma relação desta natureza sendo que estarão aí pelo resto da eternidade? (se nós, meros mortais já não suportamos por muito tempo, imaginem eles?)
Brincadeiras a parte, porque vampiros são seres da fértil imaginação humana, me parece que, independente da vida que nos dá mostras suficientes da "roubada" que é uma relação calcada no amor romântico, este segue seu curso, sempre se renovando e retornando em formas e linguagens, carregando MUITA gente para as salas de cinema e leitura de livros diversos sobre o tema, deixando homens e mulheres perplexos e muitas vezes perdidos pelo caminho, como que "mortos vivos" procurando pelo "paraíso perdido" que pensam ter conhecido na relação romântica, como se esta, pudesse ser eterna.
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