quarta-feira, 16 de novembro de 2011

AMOR ROMÂNTICO

Fico intrigada com a força que possui a representação do amor romântico. Por mais tecnologia que se desenvolva, por mais descoladas que as pessoas pareçam ser, esta representação romântica do amor sempre retorna.
Escrevo pensando em uma sobrinha adolescente, que sempre comenta comigo sobre a saga denominada "CREPÚSCULO" que segue com força total, tendo como protagonistas uma garota "teen" e um garoto vampiro que são absolutamente apaixonados. Tão apaixonados que a garota deve, nós próximos capítulos, abrir mão de sua humanidade em nome do "amor" que sente pelo jovem vampiro em questão.

Assistimos ou ouvimos de um romance que terá sua musa transformada em vampira, após se entregar "de corpo e alma" ao vampiro, e algumas coisas me passam pela caxola:

- me parece que o amor romântico está bem representado, em se tratando de vampiros, porque neste tipo de amor, onde a simbiose predomina, o que um mais faz com o outro é sugar as energias que ambos possuem, o que é o marco de uma relação simbiótica, onde as individualidades ficam comprometidas.

- mas, será que os vampiros aguentariam uma relação desta natureza sendo que estarão aí pelo resto da eternidade? (se nós, meros mortais já não suportamos por muito tempo, imaginem eles?)

Brincadeiras a parte, porque vampiros são seres da fértil imaginação humana, me parece que, independente da vida que nos dá mostras suficientes da "roubada" que é uma relação calcada no amor romântico, este segue seu curso, sempre se renovando e retornando em formas e linguagens, carregando MUITA gente para as salas de cinema e leitura de livros diversos sobre o tema, deixando homens e mulheres perplexos e muitas vezes perdidos pelo caminho, como que "mortos vivos" procurando pelo "paraíso perdido" que pensam ter conhecido na relação romântica, como se esta, pudesse ser eterna.

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