sábado, 28 de janeiro de 2012

BLEFES E AFINS...

Os jogadores de pôquer conhecem bem a arte do blefe.
Neste jogo, vence quem blefar de forma mais convincente.
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São tantas as situações da vida, que me pus a pensar que o blefe é o grande lance, na maior parte delas.
Nas grandes e diversas instituições, onde o jogo de poder seduz a muitos, aqueles que querem ascender de forma meteórica na carreira são os que mais blefam. Penso que até enganam muitos com seus blefes, porque, por incrível que pareça, ainda existem pessoas ingênuas e crédulas...
Mas, como temos que viver, e como já cantava o poeta:
"...e viver não é brincadeira não..."
vamos vivendo entre um blefe e outro e vamos jogando o jogo, num faz de conta que não me agrada, porém, faz parte das regras.

Faço um adendo: claro que nestes jogos da vida, em raras ocasiões, é possível encontrar seres que vivem de forma mais íntegra e com quem é muito bom se relacionar! Assim, não termino este texto de maneira pessimista, porque senão seria injusta com estes raros seres, que me propiciam tanto prazer e alegria nesta vida, pelas trocas tão afetivas.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

DOMESTICAÇÃO

Por um bom tempo na história da humanidade, Igreja e Estado eram a mesma coisa! E, a idéia do teocentrismo era a grande mola propulsora da domesticação das massas!

Atualmente (desde que a economia se tornou a "bússola mestra" desta sociedade, imagino eu) que Economia, Empresariado e Estado se tornaram praticamente a mesma coisa.

E, se antes era o teocentrismo que aterrorizava e domesticava as massas, devido a disseminação do inferno como o local para onde iriam as pessoas que não acreditassem no único Deus pregado pelo séquito de dirigentes católicos, hoje é a seta da economia que aterroriza o mundo globalizado. Na Idade Média, pagavam-se as indulgências, exigidas pelo clero católico, como garantia de uma moradia no céu. Na atualidade pagamos vários impostos, com a justificativa de que nossa vida "civilizada" necessita destas taxas para vivermos melhor.
Pergunto: para quem viver melhor, cara pálida?
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Porém, na ilusão de que regras econômicas sejam suficientes para "acertar" a economia dos países e lhes garantir melhores condições, a criação do euro foi um dos maiores erros dos dirigentes europeus, que sem entrar em contato com suas boas doses de onipotência, contribuiram para fazer com que o velho continente mergulhasse novamente numa crise gigantesca. Os "grandes" dirigentes europeus, na ânsia de domesticar a economia de diversos países a sua volta, não tiveram nenhuma humildade de recorrer às disciplinas como sociologia e antropologia para uma reflexão aprofundada sobre conceitos como cultura local, hábitos e costumes, que influenciam diretamente nas questões econômicas, e, pior ainda, nem fizeram a lição de casa básica relativa à própria economia, por desconsiderar que muitos países do bloco europeu já se encontravam com suas economias em frangalhos, e nenhuma idéia mirabolante de uniformização da moeda poderia salvá-los.

Mas, como a domesticação é um conceito e uma prática muito utilizada pelos "poderosos", tendo como mote um certo tipo de "terrorismo psíquico", o reverso da medalha é a própria crise em que se encontra o bloco do euro. Assim como o reverso da medalha da domesticação que se impôs pela religião por tantos séculos, se transformou neste escárnio atual que se tornaram muitos dos templos, onde os auto denominados crentes, exercem suas práticas religiosas!

Pensando por meio de um conceito psicanalítico cunhado por J. Lacan:


"é o retorno do recalcado" que volta e meia nos persegue com força total!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

SOLIDARIEDADE, EDUCAÇÃO, RESPEITO E SIMILARES

Eu gostaria muito de viver numa sociedade mais igualitária. Porém, se ainda existe um longo caminho para a superação de desigualdades básicas, imagine que percurso ainda temos que percorrer para alcançar um maior grau de igualdade social.


Mas, o que me chama a atenção são pessoas que gostam de pregar (para os outros) certos clichês, sem se dar conta de que são absolutamente incoerentes. Incoerentes porque se fiam em discursos alheios sem se apropriar, de fato, do teor dos discursos e das mensagens subjacentes a estes.


Solidariedade, educação e respeito deveriam ser valores incorporados por todos, sem distinção de classe e de hierarquia. Por isso, quando certos seres se apropriam de determinados discursos, chegam a ser patéticos, porque eles mesmos são a antítese de tal discurso.


Por isso, a máxima, "conhece-te a ti mesmo" deveria ser levada mais a sério por estes seres, antes mesmo de qualquer apropriação discursiva alheia.