Nestes dias de carnaval, em passeio por lugares diferentes, observei muitas crianças felicíssimas, a se exibir com suas fantasias.
Piratas, princesas, odaliscas, bruxas, super-homens, homens aranha, rainhas, reis, palhaços, principes, e afins. Como sou uma pessoa que curte pessoas, fiquei por longos momentos ouvindo as conversas e me deliciando com as diversas crianças fantasiadas, em seu reino mágico, ainda mais vivo por suas fantasias. As crianças projetam seus desejos e anseios e encarnam vivamente o personagem! Que ótimo!
E, ao mesmo tempo, ficava a ouvir vários comentários dos adultos, como se quem fantasiasse fossem somente as crianças! Pobres adultos somos nós! Alguns bem mais empobrecidos que outros em sua alma, porque sufocam tanto o ser criança dentro de si, que vão murchando. Fantasiam também, porque todos sabemos de nosso mundo interno! Porém, reprimem demais suas fantasias. Tornam-se chatos!
Adoro os adultos que mantém, da forma como conseguem, a criança viva dentro de si, e se permitem mergulhar junto com as crianças em reinos mágicos, tornando a vida muito mais lúdica e prazerosa. Será que preciso dizer? Sim, sou uma destas adultas! Que privilégio!
Sabedores que somos de nossa finitude, temos duas possibilidades de escolha sobre o tipo de vida que queremos viver:
- aquela onde se posa como vítima e tudo e todos só estão ai para aborrecer...
- aquela onde a responsabilidade pelo ritmo e ações são de cada um, e por isso, viver momentos de prazer e alegria são possíveis e variados!
Oxalá todos pudessem se permitir um mergulho profundo dentro de sua alma, para trazer à superfície a criança adormecida, louca para acordar e brindar a VIDA!
Estás cada vez mais me parecendo a Lya Luft da Pompéia: comentário sensível, tocante, poético e inteligente, e com uma vantagem, não precisou ser publicado na Revista Veja!
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