quinta-feira, 15 de outubro de 2009

VINGANÇA

É uma situação que se repete quando assisto aos filmes do diretor Quentin Tarantino:
me deleito com a sagacidade do diretor que, à sua maneira, trabalha com muita competência a temática relacionada à vingança. É ótima a possibilidade de, através do cinema, me divertir com um filme como BASTARDOS INGLÓRIOS! O filme é puro devaneio, e me causou enorme prazer! Quem de nós não passou por situações onde teve o imenso desejo de se vingar?
E, cada um sabe os porques de não ter ido às vias de fato da vingança! O desejo da vingança ali presente, pulsando... Então, como a repressão muitas vezes nos impede de cometer atos de vingança, temos filmes como os de Quentin Tarantino que nos causam sensações de redenção, ao mostrar a vingança nua e crua, sem mediação! Me divirto muito com filmes de Tarantino, porque como grande parte dos mortais, estou sujeita à repressão! Dai, que este tipo de filme com os quais a sétima arte nos presenteia, me redimem! A repressão dá uma folga!
Como alguém já afirmou:
"...não sei bem se a arte tem alguma função, mas, com certeza, o mundo seria bem pior sem arte..."
e, seria menos divertido sem Quentin Tarantino e seus filmes...

Um comentário:

  1. Vingança é um sentimento tão "instintivo" quanto querer amar alguém. Realmente já tive os dois sentimentos e sei que vingança pode até levar a comportamentos que são socialmente condenáveis e moralmente depressivos. "A vida imita a arte" também já disseram por aí, não estou dizendo que um filme pode gerar um sentimento de vingança nas pessoas, e isso é bem possível, porque temos exemplos bem reais disso, como aquele estudante de medicina que ao assistir o filme Clube da Luta pegou uma arma e saiu atirando em todos dentro de uma sala de cinema. Vejo isso como um ego ferido por eventos passados e que a única maneira de curar esse ego é fazer um filme pra mostrar pro mundo que mais uma vez o nazismo foi uma atitude condenável e que deve ser reprimida até pela arte de maneira bem sanguinária ao estilo Tarantino, já que tudo passou e não tem mais como rescrever a história, pelos menos na realidade não.
    Vamos apontar o dedo novamente na cara dos alemãs e dizer: tá vendo o que vocês fizeram? Agora toma o troco.
    É melhor Tarantino ficar mesmo com Kill Bill, O Albergue, Pulp Fiction que são devaneios dentro dos seus próprios devaneios.

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