domingo, 1 de agosto de 2010

PALMADAS, TAPINHAS, PROPORÇÕES...

Muitos de nós já ouvimos, lemos e conversamos sobre o controverso universo da educação das crianças... dentro das controvérsias, uma anda na boca de muitos: a questão da proibição das palmadas nos pequenos.

Cada um pensa, reflete e expressa suas idéias sobre o assunto.

Sendo assim, me deu vontade de expressar aqui o que ando pensando, sem minimizar as implicações de educar.

Penso que - partindo de um pressuposto básico - é covardia da parte de qualquer adulto infligir castigos físicos às crianças. Desde palmadinhas até o castigo que for. Falo aqui de proporções. Basta olharmos para o tamanho e a força de um adulto e para o tamanho da criança e a impossibilidade de se defender dependendo de sua idade.

Como adultos, passamos por muitas experiências na vida. Infelizmente, um número imenso de adultos são assim considerados, somente pela faixa etária, porque do ponto de vista emocional continuam infantilizados. E, infantilizados, não avançam no trabalho de reflexão que a vida impõe a todos.

Assim, refugiados na ignorância da infantilização, buscam justificativas, as mais estúpidas possíveis, para castigar as crianças. Pura covardia.

Sou a favor que se deixem claros os limites para os pequenos. Mas estabelecer limites de forma inteligente é tarefa daqueles que sabem amar, e amando educam seus filhos e afins da melhor forma possível. Educam para a vida, educam dignamente, educam tendo a convicção de que o diálogo e limites que são estabelecidos e que não humilhem a criança são os melhores caminhos. Educam para que os pequenos aprendam a pensar e buscar a autonomia, baseados numa relação de confiança.

Acredito no amor para educar. Um amor responsável, um amor que entende que a criança é um ser em formação, necessitando de parâmetros claros e respeitosos.

Para mim, amor e educação andam juntos. Sem amor não existe educação genuína, somente repressão e indignação.

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Um comentário:

  1. sim. as leis são feitas visando o bom senso e o senso comum. "bater" não deve ser a primeira opção. é uma mudança de atitude. os pais vão ter que se reeducar antes de poder educar seus filhos. ninguém está falando aqui de uma palmadinha aqui ou ali em casos extremos, mas sim na violência generalizada e sem desproporcional contra as crianças, o que é uma covardia e que começa com uma "simples palmadinha" e como esse "método" é mais fácil, é mais usado. trata-se de uma mudança de atitude, de reeducação, e nesse sentido, a lei é bacana.

    beijo, Ana!

    :)

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