Os períodos eleitorais são riquíssimos em manisfestações histéricas.
Competição só mesmo no escopo religioso, onde as manifestações histérias ganham em disparada da política.
Um tipo de manifestação histérica é a atuação. Psi's gostam destes termos. Atuação é a manifestação de um sintoma psíquico através do corpo.
Exemplos disso nas igrejas e na política, entre outros, são os discursos acalorados, gestos exagerados e tarefismos. Tudo para chamar a atenção sobre si o tempo todo.
Em muitos casos, esse pode ser um quadro que necessita de cuidados específicos. Em outros, como nas eleições, faz parte do jogo, para ver quem garante sua vaga nos meandros do poder político.
Nos quadros que envolvem distúrbios psíquicos, onde a pessoa busca tratamento porque se percebe afetada, é corrente que ocorra melhora significativa de sintomas, uma vez que a pessoa, com ajuda profissional, percebe que é responsável pelos exageros, e assim, vai remodulando sua forma de ser no mundo.
O problema é grave quando estes "profissionais" da política e da religião usam de suas histerias como se este modo de agir fosse saudável, tentando convencer os cidadãos a votar ou a ser discípulos de suas legendas/igrejas. É uma das formas mais covardes de se aproveitar da boa fé de vários. E, via de regra, os benefícios (em sua maioria) são somente destes aproveitadores.
Penso que, infelizmente, como a maioria de nós padece de algum grau e algum tipo de neurose - para ser leve, (porque muitos padecem de transtornos de personalidade mais sérios, como psicopatias e perversões), estes "profissionais" da política e da religião ainda são portadores de prestígio e credibilidade... uma pena.
Para "vir a ser" adulto carecemos de alta capacidade para a reflexão e para o exercício do pensamento. E, ainda assim, sobram resíduos de infantilidade pela vida toda!
Como vivemos numa sociedade onde o exercício do pensamento e da reflexão séria ainda são "artigos de luxo", o Planalto e as Igrejas continuam cheias e sustentando os pilantras de plantão, através de nossa participação ativa, seja através do voto ou das devoções!
Alias, alguma semelhança entre voto e devoto?
Excelente artigo. Merecia ser publicado em jornal e ganhar uma divulgação maciça, Ana. É uma irrestrita irretocável e altamente didática, do ponto de vista político e acadêmico. Merecemos ler isso, de vez em quando!
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