quarta-feira, 30 de março de 2011

MULHERES, HOMENS E AFINS

São bem conhecidas, teses clássicas sobre comportamentos femininos e masculinos.
Li, recentemente, um texto explicitando um ponto de vista masculino sobre as mulheres, que vaticina (ao bom tom da música cantada por Erasmo Carlos) que "toda mulher quer um homem para chamar de seu"! Clichezão que muitos gostam de repetir exaustivamente.
Pode até ser que a maior parte das mulheres queiram mesmo um homem para chamar de seu, porque as carências são várias. Mas e os homens, os homossexuais, transsexuais e afins? Será que a maioria dos que estão dentro destas categorias também não querem alguém para chamar de seu? E os homens? A mim, parece que, adoram ter a mulher que chamam de sua esperando em casa. Mesmo que, vez ou outra, dêem seus pulinhos fora do matrimônio, adoram ter para onde voltar e achar sua bela (metafórica ou literalmente) mulher vos esperando. Existem muitas pesquisas afirmando que dificilmente o homem pede a separação conjugal. Afirmam que, na maioria dos casos, não pedem a separação porque teriam mais gastos financeiros.
Me parece mais inteligente assumir que todos somos seres carentes de afeto e consideração. Que é bom ter alguém que nos considere especial. Principalmente, nos momentos mais difíceis.
É sempre um reducionismo quando classificamos tudo de forma generalizada. É bom tentar realizar exercícios de ampliação do pensamento e constatar que existem muitos seres, independente de seu gênero sexual, que são sensíveis e buscam parceiros porque acreditam na possibilidade de boas trocas afetivas. Esta possibilidade de sair dos clichês nos dá maior alento para viver. E, é bom conviver com as pessoas que sairam desta "zona de conforto" dos clichês, jargões e discursões prontos para consumo! Porque afinal, salve, salve a inteligência!

Um comentário:

  1. Oi, Aninha! Saudades... belo texto. Salve a inteligência e a sensibilidade! Estou um tanto hostil com nosso tempo, Ana, as pessoas estão acostumadas e acostumando-se cada vez mais com modos de vida incrivelmente superficiais, expressos por jargões e lugares-comuns. E a maioria não faz ideia do que se passa consigo, como saber o que passa ao seu redor? Eu, sinceramente, estou cansado... apenas isso, cansado.

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