quinta-feira, 26 de março de 2009

REFLEXÕES...

Outro dia, conversando com uma pessoa ela me disse mais ou menos isso:
- "...a tristeza não me assusta..."
Foi interessante ouvi-la dizer isso, dentro do contexto que estávamos e da conversa que tivemos.
Explico: vivemos numa sociedade onde somos bombardeados por todos os lados com a idéia de que a "felicidade" deve ser buscada a todo o custo.
E, como gosto de fazer perguntas sobre as palavras, fico pensando: o que é felicidade?
Como qualquer significante, a palavra felicidade tem valores diferentes para cada um.
Fato é que, ficar feliz, infeliz, alegre, triste, irado, calmo, com raiva, manso e etc..., são estados de espírito que vão e vem em um ser que se encontra num estado emocional razoavelmente bom.
Porém, este bombardeio da mídia com relação a um tipo de felicidade que se prega, faz com que muitas pessoas (muitas mesmo) vivam dopadas, constantemente medicadas, porque qualquer tipo de tristeza pode ser encarada como depressão, e nesta sociedade idealizada por diversas mídias, ninguém pode ficar triste. É o mito da eterna felicidade, do eterno êxito, sucesso, e várias outras palavras que você mesmo pode listar.
Que bom seria se as pessoas, antes de recorrer aos remédios anti depressivos (e anti-vida), pudessem parar e pensar. Pensar acerca da sociedade em que estão inseridas, dos valores em voga, das relações vividas e do valor de, dentro do limite de cada um, conhecer a si mesma como pessoa, em sua singularidade e modos de se expressar...
Ficar triste não é pecado! Acredite. Tente entender o motivo desta tristeza, e ressignificá-la, porque com certeza, encontrará vários outros significantes que podem tornar sua vida mais autêntica! Sem os famosos medicamentos "anti-depressivos". Busque ajuda se precisar, claro. Mas, nunca duvide de sua capacidade de ressignificar e dar novos sentidos aos seus sentimentos. Se surpreenderá consigo!
E coragem: que a tristeza possa não te assustar!

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