domingo, 6 de fevereiro de 2011

ROTINA

Muitas vezes nos queixamos do processo rotineiro de nossas vidas.
Caso a vida siga um fluxo mais ou menos sequencial, significa que estudamos, trabalhamos, cuidamos de nós, de nossas coisas, de nossos filhos, sobrinhos, pais que estão envelhecendo, de nossa casa, de familiares afins, pagamos contas e compras parceladas. Assim caminhamos na jornada de nossos dias por aqui.

Quando jovens, são comuns os brados de que seremos diferentes dos demais, que os acontecimentos extra ordinários acontecerão de maneira mais corrente conosco, e que não deixaremos nossas vidas "cair na rotina".
Que ilusão - e boa no período da juventude - de que a rotina é algo a ser combatido.
É esta possibilidade de algum ordenamento na vida que permite uma formação mais consistente. Claro que em alguns momentos da vida é bom ser surpreendido ou se presentear com momentos extra ordinários. Todos sabemos, porém, que estes são momentos diferenciados, e por isso se tornam tão especiais.

Dúvidas de que a rotina é saudável?
Faça um levantamento das pessoas que não tiveram rotina em sua educação quando crianças e jovens. Foram criadas à revelia de limites. Sem medo de errar afirmo que são pessoas que tem sérios distúrbios comportamentais na vida social.

Sem ingenuidade, também sabemos que, de acordo com o passar dos dias, nossas rotinas serão transformadas por acontecimentos comuns à vida. Mas, se tivermos clareza de que são acontecimentos "comuns à vida" e não "tragédias", alcançaremos o amadurecimento para a convivência com uma nova rotina a ser aprendida. Exemplo: adoecimento grave de algum ser querido para nós.

Somente a vida formada e vivida de acordo com limites e rotinas que estabeleçam critérios para o discernimento do que é certo e errado poderá nos dar estrutura para conviver com as dores e as alegrias da vida.

Aprendi com a maturidade (sempre um processo, também) que a rotina é algo a ser celebrado.

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