São bem conhecidas, teses clássicas sobre comportamentos femininos e masculinos.
Li, recentemente, um texto explicitando um ponto de vista masculino sobre as mulheres, que vaticina (ao bom tom da música cantada por Erasmo Carlos) que "toda mulher quer um homem para chamar de seu"! Clichezão que muitos gostam de repetir exaustivamente.
Pode até ser que a maior parte das mulheres queiram mesmo um homem para chamar de seu, porque as carências são várias. Mas e os homens, os homossexuais, transsexuais e afins? Será que a maioria dos que estão dentro destas categorias também não querem alguém para chamar de seu? E os homens? A mim, parece que, adoram ter a mulher que chamam de sua esperando em casa. Mesmo que, vez ou outra, dêem seus pulinhos fora do matrimônio, adoram ter para onde voltar e achar sua bela (metafórica ou literalmente) mulher vos esperando. Existem muitas pesquisas afirmando que dificilmente o homem pede a separação conjugal. Afirmam que, na maioria dos casos, não pedem a separação porque teriam mais gastos financeiros.
Me parece mais inteligente assumir que todos somos seres carentes de afeto e consideração. Que é bom ter alguém que nos considere especial. Principalmente, nos momentos mais difíceis.
É sempre um reducionismo quando classificamos tudo de forma generalizada. É bom tentar realizar exercícios de ampliação do pensamento e constatar que existem muitos seres, independente de seu gênero sexual, que são sensíveis e buscam parceiros porque acreditam na possibilidade de boas trocas afetivas. Esta possibilidade de sair dos clichês nos dá maior alento para viver. E, é bom conviver com as pessoas que sairam desta "zona de conforto" dos clichês, jargões e discursões prontos para consumo! Porque afinal, salve, salve a inteligência!
Este não é um blog da cachaça 51. É um singelo blog que serve como instrumento para que sua redatora amplie a busca por sentidos possíveis!
quarta-feira, 30 de março de 2011
sábado, 12 de março de 2011
DEVASTAÇÕES
Nos últimos 5 anos temos sofrido, de forma recorrente, com desastres naturais de proporções gigantescas.
Só para relembrar alguns: tsunamis com terremotos onde mais de 250.000 pessoas morreram em meados de 2006 na região da Indonésia, o terremoto que devastou o Haiti em 2010, as tragédias provocadas pelas chuvas em vários Estados do Brasil e agora a tragédia que assola o Japão.
Sempre que acontece algo dessa magnitude, é comum que as pessoas, de forma geral, manifestem preocupações "apocalípticas". Para os crentes em algo, várias referências são citadas, sejam da Bíblia ou de livros e profecias conhecidos de maneira mais geral pelo grande público.
Porém, o que sempre parece mais difícil, é que olhemos para nós mesmos, para nossa história e a história da humanidade e façamos reflexões lúcidas e críticas sobre estas hecatombes.
Não sei quem é autor desta frase, mas concordo que:
- "...somos um grão de areia na imensidão do universo..."
Mas, infelizmente, mesmo sendo tão pequenos diante da imensidão universal, temos muitas vezes, um ego tão gigantesco que nos impede de ser dignos de viver neste planeta, que ainda, tem sido provedor das espécies.
Esta egolatria, aumentada pela ganância desenfreada da onda consumista, tem, em meu humilde ponto de vista, acelerado em demasia as tragédias ambientais. Penso, por exemplo, nas usinas nucleares e nos acidentes já ocorridos.
Por mais que estejam na moda e na pauta da agenda política contemporânea as discussões sobre a urgência de medidas para a proteção ambiental, o que mais se acelera é a corrida dos países pela produção e aumento de suas reservas financeiras e manutenção de seu staus quo social.
Ainda são incipientes as medidas necessárias para a reversão de agentes que aceleram a destruição do planeta.
Penso que por mais otimistas e críticos que sejamos, estamos num momento crucial da nossa história como humanos. Caso as reflexões e medidas políticas, sérias de fato, acontecem ou, o que parece mais provável, é que o número de gerações futuras está com os dias literalmente contados.
Só para relembrar alguns: tsunamis com terremotos onde mais de 250.000 pessoas morreram em meados de 2006 na região da Indonésia, o terremoto que devastou o Haiti em 2010, as tragédias provocadas pelas chuvas em vários Estados do Brasil e agora a tragédia que assola o Japão.
Sempre que acontece algo dessa magnitude, é comum que as pessoas, de forma geral, manifestem preocupações "apocalípticas". Para os crentes em algo, várias referências são citadas, sejam da Bíblia ou de livros e profecias conhecidos de maneira mais geral pelo grande público.
Porém, o que sempre parece mais difícil, é que olhemos para nós mesmos, para nossa história e a história da humanidade e façamos reflexões lúcidas e críticas sobre estas hecatombes.
Não sei quem é autor desta frase, mas concordo que:
- "...somos um grão de areia na imensidão do universo..."
Mas, infelizmente, mesmo sendo tão pequenos diante da imensidão universal, temos muitas vezes, um ego tão gigantesco que nos impede de ser dignos de viver neste planeta, que ainda, tem sido provedor das espécies.
Esta egolatria, aumentada pela ganância desenfreada da onda consumista, tem, em meu humilde ponto de vista, acelerado em demasia as tragédias ambientais. Penso, por exemplo, nas usinas nucleares e nos acidentes já ocorridos.
Por mais que estejam na moda e na pauta da agenda política contemporânea as discussões sobre a urgência de medidas para a proteção ambiental, o que mais se acelera é a corrida dos países pela produção e aumento de suas reservas financeiras e manutenção de seu staus quo social.
Ainda são incipientes as medidas necessárias para a reversão de agentes que aceleram a destruição do planeta.
Penso que por mais otimistas e críticos que sejamos, estamos num momento crucial da nossa história como humanos. Caso as reflexões e medidas políticas, sérias de fato, acontecem ou, o que parece mais provável, é que o número de gerações futuras está com os dias literalmente contados.
domingo, 6 de março de 2011
MASCARADOS
A máscara é um objeto utilizado há tempos remotos. Na Grécia Antiga, palco da comédia e da tragédia teatral, as máscaras sempre ocuparam lugar de destaque.
E, no Carnaval, trata-se de um dos adereços badalados pelos foliões!
Aprofundando só um pouco, penso que independente de usarmos literalmente as máscaras, somos todos mascarados.
Mascarados porque vivemos num mundo tão complexo, que estabelece leis de convivência tão mesquinhas, que muitas vezes precisamos dispor de máscaras variadas nos contextos onde nos relacionamos.
Verdade é também que, saber quem realmente somos não se trata de algo fácil. Somos tantos e tantas dentro de nosso psiquismo que é ingênuo pensar que contamos com uma coerência constante. Penso que um dos pilares para que Jung estabelecesse o termo persona, tem fundamentação neste preceito de sermos tantas e tantos psiquicamente.
Claro que é bom contarmos com a maior dose de coerência que possamos ter, uma vez que já estejamos em certa faixa etária e tenhamos passado por "boas" experiências nesta vida.
Fiquei pensando sobre a questão das máscaras por conta de ter ido à uma brincadeira de carnaval e visto várias crianças se divertindo com suas máscaras e fantasias.
É bom contar com um período catártico como o carnavalesco, porque assim, muitos de nós afugentamos nossos "monstros internos" com nossas fantasias e máscaras, literais.
E, no Carnaval, trata-se de um dos adereços badalados pelos foliões!
Aprofundando só um pouco, penso que independente de usarmos literalmente as máscaras, somos todos mascarados.
Mascarados porque vivemos num mundo tão complexo, que estabelece leis de convivência tão mesquinhas, que muitas vezes precisamos dispor de máscaras variadas nos contextos onde nos relacionamos.
Verdade é também que, saber quem realmente somos não se trata de algo fácil. Somos tantos e tantas dentro de nosso psiquismo que é ingênuo pensar que contamos com uma coerência constante. Penso que um dos pilares para que Jung estabelecesse o termo persona, tem fundamentação neste preceito de sermos tantas e tantos psiquicamente.
Claro que é bom contarmos com a maior dose de coerência que possamos ter, uma vez que já estejamos em certa faixa etária e tenhamos passado por "boas" experiências nesta vida.
Fiquei pensando sobre a questão das máscaras por conta de ter ido à uma brincadeira de carnaval e visto várias crianças se divertindo com suas máscaras e fantasias.
É bom contar com um período catártico como o carnavalesco, porque assim, muitos de nós afugentamos nossos "monstros internos" com nossas fantasias e máscaras, literais.
quarta-feira, 2 de março de 2011
CADEIAS ALIMENTARES
O conceito "cadeia alimentar" é muito utilizado no mundo animal. Existe uma hierarquia entre os animais onde se estabelece quem come quem primeiro, para o equilíbrio deste reino.
É a famosa "lei da selva".
Em certos contextos, é utilizado para se referir às pessoas que estão em posições hierárquicas superiores dentro de diversas Instituições.
Muitas vezes, se refere literalmente ao ato de uns comerem os outros, e em outras vezes, se refere a possibilidade daqueles que estão na parte de cima da cadeia alimentar "ferrar" os que estão embaixo, pelo simples fato de atribuirem a si mesmos certos poderes.
Isto, na realidade, se chama abuso de poder.
O que mais podemos perceber nos contextos organizacionais são pessoas em cargos de chefia que abusam do poder que "pensam" ter em seus cargos. Porque, objetivamente, o poder que as chefias tem, se restringe a coordenar a equipe no que tange aos aspectos profissionais, relacionados à responsabilidade que o cargo de cada um pressupõe. Por isso mesmo, em diversas instituições há um setor que cuida de cargos e salários, onde existe uma descrição pormenorizada das responsabilidades de cada função.
...................................................
Considero muitas chefias absolutamente hipócritas. Hipócritas porque se fiam em discursos construídos de forma alheia a si mesmas, somente para se auto afirmar e receber promoções. Afinal, querem subir na cadeia alimentar, e tentar "comer" os que consideram inferiores...
Como já vaticinou um filósofo do século 19:
"...para conhecer um vilão, basta lhe dar um bastão..."
É a famosa "lei da selva".
Em certos contextos, é utilizado para se referir às pessoas que estão em posições hierárquicas superiores dentro de diversas Instituições.
Muitas vezes, se refere literalmente ao ato de uns comerem os outros, e em outras vezes, se refere a possibilidade daqueles que estão na parte de cima da cadeia alimentar "ferrar" os que estão embaixo, pelo simples fato de atribuirem a si mesmos certos poderes.
Isto, na realidade, se chama abuso de poder.
O que mais podemos perceber nos contextos organizacionais são pessoas em cargos de chefia que abusam do poder que "pensam" ter em seus cargos. Porque, objetivamente, o poder que as chefias tem, se restringe a coordenar a equipe no que tange aos aspectos profissionais, relacionados à responsabilidade que o cargo de cada um pressupõe. Por isso mesmo, em diversas instituições há um setor que cuida de cargos e salários, onde existe uma descrição pormenorizada das responsabilidades de cada função.
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Considero muitas chefias absolutamente hipócritas. Hipócritas porque se fiam em discursos construídos de forma alheia a si mesmas, somente para se auto afirmar e receber promoções. Afinal, querem subir na cadeia alimentar, e tentar "comer" os que consideram inferiores...
Como já vaticinou um filósofo do século 19:
"...para conhecer um vilão, basta lhe dar um bastão..."
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