terça-feira, 10 de abril de 2018

"JOGANDO CONVERSA FORA"
Muitas vezes precisamos "jogar conversa fora"...
fora da gente, fora da nossa caxola, simplesmentete para fora de nossos invólucros, porque as idéias ficam pedindo pra sair da gente mesma, e se não saem parece que vão explodir.
Ontem assisti ao documentário - Che Guevara: a formação de um ícone. Primeiro, que relembrei minha ida à Cuba em 2017 e como o Che Guevara era lindo... Que homem lindo... além de idealista e revolucionário, ainda era lindo.
O documentário explora o cerne da iconografia da imagem de Che, a partir da foto de Alberto Korda - "a foto do herói" que é a mais reproduzida no mundo (por motivos diversos).
Em Cuba pude ver muitas destas fotos, maravilhosas! E não resistindo, comprei várias...
Bem, mas escrevo sobre isso devido ao momento histórico atual. Escrevo isso devido aos "ECONOMOCRATAS" sempre de plantão, que idolatram o "Deus Mercado" e defendem que "fora do mercado não há salvação"...
Quanta baboseira...quanta falácia...quantas misérias em nome do "Deus Mercado".
Muitxs nunca entraram nem entrarão "no mercado",,, vivem, viveram e viverão sempre às margens. O "mercado" é sempre excudente, sempre seletivo, sempre rigoroso... pensem nos "critérios para estar dentro do mercado": atualizado, dinâmico, com formações acadêmicas sucessivas que nunca serão suficientes...
Che Guevara, após a revolução Cubana em 1959 foi ministro da indústria. Trabalhava com os operários na defesa do principio do trabalho coletivo e solidário.Porém, como era um idealista e um revolucionário, característticas que estavam em seu DNA, renunciou a cidadania cubana concedida por Fidel, explicou seus motivos em carta e se mandou pra Bolívia com um grupo de cubanos para "ajudar os hermanos bolivianos" a fazer a revolução e a reforma agrária...
Desconfio que Che percebeu rapidamente que Fidel, sim Fidel, ele mesmo se tornaria um líder autoritário, e antes de cair em desgraça, se mandou!
Porque um idealista precisa de ideiais, de sonhos.., sem eles, sufoca e morre...
Penso que para Che, melhor ser "matado" lutando por seus ideiais do que se render e morrer preso à sistemas, sejam quais forem!
Bem...talvez seja essa minha ilusão...um certo ideal... porque também preciso de ar retirado dos idealistas para respirar atualmente.
"JOGANDO CONVERSA FORA"
Muitas vezes precisamos "jogar conversa fora"...
fora da gente, fora da nossa caxola, simplesmentete para fora de nossos invólucros, porque as idéias ficam pedindo pra sair da gente mesma, e se não saem parece que vão explodir.
Ontem assisti ao documentário - Che Guevara: a formação de um ícone. Primeiro, que relembrei minha ida à Cuba em 2017 e como o Che Guevara era lindo... Que homem lindo... além de idealista e revolucionário, ainda era lindo.
O documentário explora o cerne da iconografia da imagem de Che, a partir da foto de Alberto Korda - "a foto do herói" que é a mais reproduzida no mundo (por motivos diversos).
Em Cuba pude ver muitas destas fotos, maravilhosas! E não resistindo, comprei várias...
Bem, mas escrevo sobre isso devido ao momento histórico atual. Escrevo isso devido aos "ECONOMOCRATAS" sempre de plantão, que idolatram o "Deus Mercado" e defendem que "fora do mercado não há salvação"...
Quanta baboseira...quanta falácia...quantas misérias em nome do "Deus Mercado".
Muitxs nunca entraram nem entrarão "no mercado",,, vivem, viveram e viverão sempre às margens. O "mercado" é sempre excudente, sempre seletivo, sempre rigoroso... pensem nos "critérios para estar dentro do mercado": atualizado, dinâmico, com formações acadêmicas sucessivas que nunca serão suficientes...
Che Guevara, após a revolução Cubana em 1959 foi ministro da indústria. Trabalhava com os operários na defesa do principio do trabalho coletivo e solidário.Porém, como era um idealista e um revolucionário, característticas que estavam em seu DNA, renunciou a cidadania cubana concedida por Fidel, explicou seus motivos em carta e se mandou pra Bolívia com um grupo de cubanos para "ajudar os hermanos bolivianos" a fazer a revolução e a reforma agrária...
Desconfio que Che percebeu rapidamente que Fidel, sim Fidel, ele mesmo se tornaria um líder autoritário, e antes de cair em desgraça, se mandou!
Porque um idealista precisa de ideiais, de sonhos.., sem eles, sufoca e morre...
Penso que para Che, melhor ser "matado" lutando por seus ideiais do que se render e morrer preso à sistemas, sejam quais forem!
Bem...talvez seja essa minha ilusão...um certo ideal... porque também preciso de ar retirado dos idealistas para respirar atualmente.

domingo, 22 de setembro de 2013

VERDADE \ VERDADES...

Recentemente, o Papa Francisco Bergoglio respondeu, para surpresa geral, questionamentos realizados por Eugenio Scalfari, jornalista italiano.
Scalfari se declara ateu, mas "fascinado pela pregação de Jesus de Nazaré".

As questões:
1- se uma pessoa não tem fé, nem a procura, será perdoada pelo Deus cristão...
2- a Igreja que acredita na verdade revelada, considera pecado o fato de alguém não crer em nenhuma verdade absoluta, mas somente em verdades relativas e subjetivas...

ao que o Papa respondeu:
1- feita a primeira premissa de que a misericórdia de Deus não tem limites, ... (vou resumir) se nos dirigirmos a Ele de coração contrito e sincero, a questão não é de crer ou não crer, mas em obedEcer a própria consciência... (QUE TIPO DE CONSCIÊNCIA, PENSO QUE A MORAL,,,GRIFO MEU)

2- sobre a "verdade":
"eu não falaria, mesmo para aqueles que acreditam, em verdade absoluta. Para a fé cristã, a verdade é o AMOR DE DEUS POR NÓS EM JESUS CRISTO. Portanto, a verdade é UMA RELAÇÃO. ... (resumo)

O Papa diz ainda, que a diferença não existe entre crentes e não crentes, mas existe entre aqueles que pensam e OS QUE NÃO PENSAM!

(Para quem quiser ler a matéria inteira: REVISTA CARTA CAPITAL\25.09)

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Bem, pensando nesta leitura que fiz, e na notícia de que, desde ontem (21.09.2013) um Movimento Militante Fundamentalista Somali denominado "AL - SHABAAB" matou aproximadamente 60 pessoas, E ainda faz reféns e feriu quase 200 pessoas num Shopping de alto padrão na cidade de Nairóbi, fico a me indagar sobre que verdades são essas... como estabelecer parâmetros de "verdades" para seres criados de forma a acreditar numa verdade absoluta... Como construir diálogos possíveis entre "OS QUE PENSAM" e aqueles considerados "NÃO PENSANTES"
(pensando na expressão Papal)...

Todos pensam, de uma forma ou de outra ... pensam de forma aberta ou fechada... Alguns de nós pensamos de forma ampliada e outros pensam se fechando em suas trincheiras...

Enquanto isso, os grupos fundamentalistas continuam exercendo sua violência... Com certeza estão pautados num tipo de pensamento. Construíram este pensamento, pautados em fatos históricos, em histórias familiares, subjetivas, objetivas... Como poderemos alcançar a todos com a possibilidade de inversão de certos pensamentos...

Concordo com a afirmação do Papa. A verdade é uma relação. Como fazer para ampliar esta relação com povos diversos...

("...Verdade, jogo de esconde-esconde - esconde-esconde... o que esconderá...")


São questões... sempre questões...

quarta-feira, 1 de maio de 2013

HOMENAGEM À PREGUIÇA

Hoje, comemorações, protestos, festas e afins pipocam pelo mundo todo devido ao "Dia do Trabalho"...

E, neste primeiro de maio de dois mil e treze eu ergo um brinde à                             "P R E G U I Ç A"!

Viva o ócio...

Viva a preguiça....

V I V A   M E S M O...

terça-feira, 2 de abril de 2013

RECORTES - E UM POUCO DE ANTROPOLOGIA

Nesta minha viagem para fora do Brasil, passando por cidades entre Espanha e Portugal, fixo nos recortes que estas cidades me aparentaram numa primeira visita. Escrevo recortes, pois são isso mesmo. Aliás, pequenos recortes de realidades sempre mais complexas quando vistas "de perto e de dentro", tomando de assalto categorias cunhadas pelo Prof. J. Magnani da FFLCH / USP. Porque decerto, se tivesse mais tempo para observar, estes que chamo de recortes iriam variar muito seus tons.

Mas, como o tempo desta viagem é relativamente curto, escrevo mesmo dos recortes.

Madri,a começar pelo aeroporto de Barajas é uma cidade que se mostra muito diversa, multicultural, colorida, alegre. Na Praça Latina, no centro, uma mescla de cores e sabores, idiomas e ritmos. Os espanhóis a andar com seus pares, animais, velhos, moços, crianças. Todos falam e gesticulam e me apareceram e pareceram, de fato, em sua latinidade. Muito oportuno o nome desta Praça - "Praça Latina"...

A cidade de Braga em Portugal, em plena "Semana Santa", com toda a sua suntuosidade histórica, seus monumentos, castelos, igrejas e afins. Uma cidade exalando traços de sua rotina religiosa católica. Os moradores desta cidade, com quem conversei foram muito agradáveis, e pessoas que dizem o que pensam de forma convicta, sem melindres e sem rodeios. Educados, agradáveis e diretos. Me senti bem nesta cidade, experimentei gostos, sabores e sensações novas.

A cidade de Guimarães, considerada uma "aldeia", assim  nomeada por seus moradores - com quem falei -  tem 50.000 habitantes aproximadamente, é também um local rico de saberes, tradição e história. Em 2012 foi nomeada a "Capital da Cultura na Europa". Entre suas qualidades, tem um Centro Cultural nomeado "Vila Flor", com sua "Plataforma das Artes" que congrega variadas apresentações artísticas em diversas linguagens. E, possui uma programação digna de respeito para seus "miúdos", como chamam suas crianças. Como gostei deste termo - "miúdos". Referem-se às suas crianças de forma tão respeitosa e dedicada. E, ao acompanhar uma de suas atividades, pude perceber que estes "miúdos" são miúdos em tamanho, porém, graúdos em curiosidade e inteligência...  como a maioria dos miúdos no mundo...

A cidade do Porto pareceu-me mais rígida, mais sisuda, e nem por isso menos agradável de ser vista e sentida em toda a sua complexidade, que já se desenha nos labirintos de suas ruas centrais. Ruas estreitas e cheias de charme. Em Porto não conversei com muita gente. Somente com um motorista de táxi e um comerciante.Mais diretos. Me lembraram alguns de nós mesmos, metidos em nossas rotinas de trabalho, com um trânsito pesado, sem muita paciência muitas vezes...risos... Como é bom percebermos certas peculiaridades. Porto, segunda maior cidade de Portugal, sua Universidade que leva o mesmo nome, onde me senti honrada em adentrar... Por vezes, sentimentos ambíguos, porque os portugueses que estiveram no Brasil a nos colonizar não foram assim, tão dignos em suas ações. Porém, como a vida é uma mescla de ambiguidades, me senti bem, mesmo com pensamentos, críticas e racionalizações a me rondar...

E, esta cidade onde estou agora, Lisboa... Cidade grande, onde tradição e modernidade convivem de forma íntima, interessante, a nos indagar. Os sentimentos ambíguos me rondam aqui também. Muitos espaços visitados, muitos diálogos trocados. Muitos sabores experimentados. Várias sensações e emoções. Como um comentário postado por uma amiga "é em Portugal que também nos percebemos tão brasileiros"!
Com nossa brasilidade em toda a sua variação.
Não imaginei que ao ouvir fados fosse vivenciar tamanha emoção, a ponto de chorar. Boa surpresa!  
E, surpresas boas também nos campos direcionados aos "miúdos"... Uma delas: O "Museu das Crianças" no coração da cidade dos lisboetas. Singelo, delicado, convidativo e um espaço privilegiado dedicado às crianças. Que boas possibilidades de conhecer outros lugares. Sempre a nos indagar, a nos surpreender e tocar em nossa curiosidade...
"Olhos bem abertos, para ver e sentir"

            

sexta-feira, 29 de março de 2013

MICRO MACRO

Estou em Portugal. Hoje, sexta feira da Paixão, estou numa cidade chamada Braga, próxima à região do Porto.

Esta cidade tem aproximadamente 180.000 habitantes e é uma guardiã de tradições religiosas católicas. Nesta Semana Santa, comemoram-se de forma intensa os rituais relativos aos acontecimentos narrados na Bíblia cristã. São muitas procissões, muitas missas, muitos rituais.

Com todo o processo de globalização econômica que solapa tradições, é interessante estar nesta cidade, numa Semana Santa. Pude experimentar uma sensação de "suspensão temporal". Hoje, ao caminhar tranquilamente pela cidade, ouvi cantos gregorianos. Comecei a "seguir" o som para chegar à igreja onde estavam sendo entoados. Experiência diferenciada, ser guiada por uma melodia delicada no meio de uma cidade como essa. É como se por alguns momentos o tempo parasse em um outro momento histórico.

Escrevo aqui de sentimentos, de subjetividade, de delicadezas... De ser tocada por uma emoção despertada por um canto gregoriano em plena Semana Santa.

Não há aqui pretensão de pensar sociologicamente o fenômemo religioso desta cidade. Nem de fazer apologias religiosas. Somente compartilhar de uma sensação boa e delicada, vivida neste momento importante da tradição cristã.

Em tempos de vertiginosa mudança dos modos de vida, marcada por fortes pressões midiáticas, sociais e econômicas, tem sido um privilégio experimentar esta sensação em Braga.

Desejo a todos, todos sem exceção, cristãos ou não, uma BOA PÁSCOA!

 

domingo, 10 de fevereiro de 2013

AMOR AMORES PONTOS DE INTERROGAÇÃO

AMOR...

Minha humilde tentativa aqui, se pauta na perspectiva de realizar possíveis reflexões sobre o AMOR, pensando no filme de mesmo nome, dirigido por Michael Haneke.

Europa. França, Paris.  Um casal de velhos, casados há muitos anos. O Diretor já busca a cumplicidade do espectador na primeira cena, de imediato. É como se estivéssemos "entrando dentro" de nós mesmos, por meio da capacidade e competência que este Diretor tem de trabalhar temas universais dentro de dramas íntimos.

Sempre tive o privilégio de conviver com pessoas inteligentes. E, na minha juventude (pensando entre meus 20 até 29 anos), convivi por mais tempo com um grupo de pessoas, com as quais conversávamos sobre tudo que vinha à baila. E, claro, na efervescência de nossas curiosidades, juventudes, imaturidades e ingenuidades, ficávamos a nos indagar sobre o que de fato era o AMOR.

Naquele contexto, todos nós, ainda, éramos românticos. E, cada um à sua maneira foi descobrindo e vivendo as próprias experiências amorosas.

Relembrando questões inerentes a este período da minha vida, e pensando nas questões apontadas pelo filme, percebo o quanto ainda somos surpreendidos pela vida, pela nossa imaturidade, vaidades, enfim, somos surpeendidos por nossa humanidade a todo o tempo, e por tudo o que esta nos apresenta em nossa breve jornada por aqui.

Amar, pensando deste momento da minha vida, nada tem de romântico. Claro que existem romantismos possíveis, datados, de pequenos gestos. Porém, o amor, em toda a sua complexidade me faz pensar em cumplicidade, seja ela de que natureza for.

Amar alguém é ser cúmplice, é ter cumplicidade. Saber ficar, saber partir, aprender a ceder e a não ceder as vezes, saber calar, poder falar, saber voltar... Sempre!